O presidente da Associação de Camelôs do Shopping Popular de Cuiabá, Misael Galvão, admitiu nesta quarta-feira (17) que a decisão de não contratar um seguro para o centro comercial foi exclusivamente sua, sem a realização de uma assembleia com os lojistas. O incêndio que destruiu o shopping na madrugada de segunda-feira (15) deixou cerca de 600 lojistas sem seus comércios.
Galvão justificou a decisão ao MidiaNews, explicando que as propostas das seguradoras não agradaram à diretoria. Ele destacou que, como o Shopping Popular é um condomínio, muitas decisões são tomadas em assembleia, mas a questão do seguro foi considerada um processo administrativo que poderia ser decidido pela associação.
“A diretoria se reúne constantemente, mas não chegamos a fazer uma reunião específica para decidir sobre o seguro, porque não tínhamos um orçamento adequado. Nenhuma seguradora manifestou interesse em cobrir o imóvel e os produtos dos comerciantes”, afirmou Misael, que também é ex-vereador por Cuiabá.
Quando questionado se a falta de seguro foi uma irresponsabilidade, Misael negou. Ele também mencionou que nunca orientou os lojistas a contratarem seguro individualmente, argumentando que sua luta sempre foi por um seguro que abrangesse toda a categoria, a estrutura e a vida comercial dos associados, não apenas as paredes do imóvel.
Apesar de considerar a contratação de um seguro para a reconstrução do centro comercial, Misael revelou que as tentativas anteriores de negociar com o Sicoob (Sistema de Cooperativas de Crédito do Brasil) não avançaram. No entanto, ele insiste que continuará buscando uma cobertura abrangente após a reabertura do shopping.
O Incêndio
O incêndio que consumiu o Shopping Popular de Cuiabá, localizado no Bairro Dom Aquino, ocorreu na madrugada de segunda-feira (15). Mais de 600 lojistas perderam tudo. A Polícia Civil investiga a causa do incêndio e trabalha com a hipótese de falha no sistema elétrico.
Câmeras internas registraram um intenso acúmulo de fumaça por volta das 2h26, mas os bombeiros foram acionados somente 20 minutos depois. Devido à alta combustibilidade das mercadorias e da estrutura do edifício, as chamas se espalharam rapidamente.
A investigação segue em andamento.
Fonte: MidiaNews