quarta-feira, abril 9, 2025
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Réu da chacina em Sorriso é condenado a 22 anos por estupro e tentativa de feminicídio antes do massacre

Gilberto Rodrigues dos Anjos, acusado pela brutal chacina que vitimou uma mãe e suas três filhas em Sorriso (MT), foi condenado a 22 anos de prisão por um crime anterior, cometido antes da matança que chocou o estado. A condenação foi proferida pelo Tribunal do Júri da Comarca de Lucas do Rio Verde, onde ele respondeu por invasão de domicílio, estupro consumado e tentativa de feminicídio. Os crimes ocorreram em setembro de 2023, quando ele invadiu a casa de uma mulher, a estuprou e tentou matá-la a facadas. A vítima sobreviveu graças à rápida intervenção de vizinhos que a encontraram agonizando e acionaram o socorro médico a tempo.

O histórico de violência extrema de Gilberto não se resume a esse episódio. Dois meses após o crime de Lucas do Rio Verde, ele foi preso novamente, desta vez acusado da chacina de Sorriso, que resultou na morte de quatro pessoas da mesma família: a mãe, de 43 anos, e suas três filhas, com idades entre 10 e 19 anos. Os corpos foram encontrados nus e com sinais de extrema violência, evidenciando não apenas a crueldade do crime, mas a possível ligação com motivações sexuais e de dominação. De acordo com a investigação da Polícia Civil, Gilberto teria invadido a casa da família durante a madrugada e cometido os homicídios em série de forma premeditada.

Mesmo após a prisão em flagrante pela chacina, ele ainda respondia em liberdade por outros crimes, o que gerou revolta por parte dos familiares das vítimas. Em entrevistas concedidas à imprensa, a família das vítimas de Sorriso expressou frustração com a morosidade da Justiça, apontando que, se Gilberto tivesse sido julgado e condenado anteriormente, talvez o crime mais recente tivesse sido evitado.

A sentença de 22 anos de reclusão foi considerada emblemática pelo Ministério Público, que destacou a brutalidade e reincidência do acusado, além do risco que ele representa à sociedade. O promotor do caso afirmou que o julgamento é uma vitória parcial, uma vez que Gilberto ainda responderá por outras acusações igualmente graves no Tribunal do Júri de Sorriso. A expectativa é de que o julgamento do massacre ocorra ainda em 2025, e a pena pode ultrapassar 100 anos de reclusão, dada a quantidade de vítimas e a gravidade dos atos.

Além dos processos criminais, o caso reascendeu o debate sobre o monitoramento de agressores em potencial e a necessidade de integração mais eficaz entre as esferas policiais, judiciárias e de proteção social. A Delegacia da Mulher e órgãos de defesa de direitos humanos em Mato Grosso reforçaram a importância de políticas públicas mais ágeis para coibir esse tipo de crime em série, que frequentemente começa com agressões domésticas ou invasões de residência e termina em tragédias de grande escala.

Gilberto, agora considerado um dos criminosos mais cruéis da história recente do estado, seguirá preso enquanto aguarda os novos julgamentos. Sua defesa ainda pode recorrer da condenação por estupro e tentativa de feminicídio, mas a tendência é de que ele permaneça sob custódia, diante da periculosidade confirmada pelas autoridades e laudos psiquiátricos que serão anexados nos autos dos próximos processos.

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