O tenente-coronel Mauro Cid, ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, compareceu à sede da Polícia Federal em Brasília nesta segunda-feira (11) para prestar um novo depoimento no inquérito que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado ocorrida em 2022.
Cid, que já fechou acordo de colaboração com a PF, foi chamado para fornecer informações que possam esclarecer ou reforçar pontos das declarações do ex-comandante do Exército Marco Antônio Freire Gomes, ouvido anteriormente pelos investigadores.
Segundo a colunista Camila Bomfim, do G1, o depoimento de Freire Gomes foi considerado esclarecedor pelos policiais federais. Agora, a expectativa recai sobre as declarações de Cid, cujos termos do acordo de delação ainda são mantidos em sigilo.
O contexto das investigações remonta a uma suposta articulação para um golpe de Estado com o intuito de manter Bolsonaro no poder e impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Nesse sentido, as conversas sobre a minuta do golpe teriam envolvido Bolsonaro, aliados e o general Freire Gomes, que se recusou a aderir à proposta, gerando descontentamento entre os militares pró-Bolsonaro, como o general Braga Netto.
Braga Netto, à época candidato a vice na chapa de Bolsonaro, expressou sua insatisfação com Freire Gomes em mensagens obtidas pela Polícia Federal, evidenciando as tensões nos bastidores dessas negociações.
Fonte: G1