Flávio Dino Solicita Manifestação de Lula, Pacheco e Lira Sobre Uso Indevido do Orçamento Secreto

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    O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Flávio Dino, determinou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, se manifestem em 15 dias sobre um suposto uso indevido das emendas do relator, conhecidas como “orçamento secreto”, para inclusão de novas despesas públicas ou programações no projeto de lei orçamentária anual da União. A decisão visa averiguar o descumprimento da determinação de publicar informações relativas à autoria das emendas e sua aplicação.

    Na determinação, Dino destacou que entidades indicaram o uso indevido e falta de transparência no emprego das emendas de relator. “A Associação Contas Abertas, a Transparência Brasil e a Transparência Internacional – Brasil, admitidas no feito na qualidade de amici curiae, noticiam ‘elementos que configuram a persistência do descumprimento da decisão adotada no âmbito das referidas ações, assim como dos preceitos fundamentais que a embasaram’”, afirmou.

    Em dezembro de 2022, o STF decidiu, por 6 votos a 5, considerar inconstitucional o “orçamento secreto”, que são emendas parlamentares com distribuição de recursos sem critérios claros ou transparência. Seis ministros votaram para derrubar o orçamento secreto: Rosa Weber, Edson Fachin, Luís Roberto Barroso, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Ricardo Lewandowski.

    O ministro André Mendonça abriu divergência e entendeu que não cabe ao Supremo interferir na aplicação de emendas parlamentares, mas apenas pode impor a obrigatoriedade de estabelecer regras de transparência e publicidade. Kássio Nunes Marques, Alexandre de Moraes, Dias Toffoli e Gilmar Mendes acompanharam Mendonça no voto para liberar o orçamento secreto, com mais regras de transparência.

    Fonte: R7

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