Anvisa Mantém Proibição da Venda de Cigarro Eletrônico no Brasil

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    Os diretores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidiram por unanimidade, em reunião nesta sexta-feira (19), manter proibida a comercialização no Brasil dos cigarros eletrônicos, também conhecidos como vapes. Essa decisão considerou o cenário internacional de regulamentação, as manifestações da comunidade científica e a visão geral da consulta pública realizada pela agência reguladora.

    Desde 2009, esses dispositivos não podem ser vendidos no país, porém, são facilmente encontrados no comércio ou online. A medida visa evitar consequências negativas à saúde pública e ao controle do tabagismo, conforme avaliado pela Anvisa.

    Para embasar essa determinação, a agência elaborou um relatório que abordou o impacto da proibição nos últimos anos, além da situação em outros países que autorizaram a comercialização. O documento destacou alguns pontos cruciais:

    • Aumento do fumo entre os jovens: países que liberaram os cigarros eletrônicos, como Estados Unidos e Reino Unido, testemunharam um aumento do fumo entre adolescentes e crianças, gerando uma crise de saúde pública.
    • Potencial de dependência: apesar de argumentos de que os vapes seriam menos viciantes, pesquisas recentes indicam o contrário, podendo conter até 20 vezes mais nicotina que o cigarro comum.
    • Ausência de estudos a longo prazo: não há evidências sobre os riscos e efeitos a longo prazo do uso de cigarros eletrônicos, incluindo a lesão pulmonar EVALI, que pode levar à morte em um curto período.
    • Impactos na política de controle do tabaco: o Brasil é referência no combate ao tabagismo, e a liberação dos vapes poderia aumentar o consumo de tabaco no país.

    Os diretores da Anvisa seguiram a recomendação de manter a proibição, ressaltando a importância de medidas educativas e de fiscalização para coibir o uso desses dispositivos. A posição da indústria do tabaco, que defende a liberação dos cigarros eletrônicos, foi contestada por entidades médicas e de saúde pública, que alertam para os riscos à saúde.

    Fonte: G1

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