segunda-feira, abril 7, 2025
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China retalia EUA com tarifa de 34% e gera forte reação de Trump: “fizeram o que não deveriam”

Medida é resposta às tarifas impostas por Washington e gera preocupações globais sobre uma guerra comercial mais ampla

O governo chinês anunciou nesta sexta-feira (4) a imposição de tarifas adicionais de 34% sobre todos os produtos importados dos Estados Unidos a partir do dia 10 de abril. A decisão é uma resposta direta à recente aplicação de tarifas idênticas pelo presidente norte-americano, Donald Trump, que acusou a China de descumprir compromissos assumidos no acordo comercial conhecido como “Fase 1”.

O presidente Trump reagiu rapidamente à medida chinesa, afirmando que “a China fez a única coisa que não podia fazer”, indicando que as relações comerciais entre as duas maiores economias do mundo podem sofrer graves consequências nos próximos meses.

Um dos setores mais atingidos pelas novas tarifas chinesas é o agrícola, especialmente a soja, cuja exportação dos Estados Unidos para a China já vinha sofrendo quedas significativas. A medida da China deve aprofundar essa tendência, beneficiando principalmente produtores brasileiros, que já têm ampliado sua participação no mercado chinês desde o início das disputas tarifárias entre Washington e Pequim.

A situação preocupa agricultores norte-americanos, que veem as tarifas como um duro golpe a um setor já abalado por incertezas econômicas e políticas internacionais. Muitos produtores estão pedindo ao governo Biden medidas urgentes para minimizar os impactos.

Além das tarifas, a China anunciou controles rígidos sobre exportações de terras raras, especialmente os elementos samário e disprósio, fundamentais para a produção de equipamentos tecnológicos, baterias e componentes militares. A medida visa pressionar diretamente a indústria de alta tecnologia dos EUA, cuja dependência das matérias-primas chinesas é amplamente reconhecida.

A restrição sobre as terras raras gerou apreensão no mercado global, especialmente nas indústrias tecnológica e automotiva, que podem enfrentar problemas de abastecimento a curto prazo.

A escalada do conflito tarifário gerou imediata preocupação global sobre os efeitos econômicos. Analistas alertam para o risco crescente de uma recessão global induzida por uma guerra comercial prolongada. Bolsas de valores internacionais, incluindo Nova York, Londres e Hong Kong, registraram perdas expressivas após o anúncio chinês.

Segundo Jan von Gerich, estrategista-chefe da Nordea, “se Trump reagir ainda mais agressivamente à retaliação chinesa, os mercados poderão sofrer impactos ainda mais profundos, aumentando o risco de uma recessão global”.

Diversos países já expressaram preocupações sobre a situação atual. Líderes mundiais alertam para os riscos que uma guerra comercial generalizada pode representar para a estabilidade econômica global. O Brasil, que inicialmente poderia se beneficiar do conflito pela exportação de commodities agrícolas, também se mostra cauteloso devido aos possíveis efeitos negativos que uma desaceleração econômica global poderia acarretar.

Organismos internacionais, como a Organização Mundial do Comércio (OMC), já foram acionados pela China, que acusa os Estados Unidos de violarem regras comerciais globais com a recente imposição tarifária.

Analistas sugerem que os próximos passos serão cruciais. Trump deixou claro que não aceitará facilmente as medidas chinesas, indicando que novas retaliações são possíveis. Se confirmadas, podem aprofundar ainda mais os danos econômicos e o isolamento político dos Estados Unidos no cenário global.

Enquanto isso, países como Brasil, Chile e Peru, grandes exportadores de commodities, observam atentos a evolução do conflito comercial, buscando oportunidades, mas também se preparando para possíveis turbulências econômicas decorrentes dessa crise.

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