SES vê cenário mais confortável em julho se população tiver “juízo”

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    LISLAINE DOS ANJOS

    O secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo, afirmou que vê possibilidade de um cenário da pandemia da Covid-19 “mais confortável” em meados de julho deste ano, caso a população “tenha juízo” agora e aborte aglomerações e festas de Carnaval.

    A afirmação foi feita ao avaliar a nova onda de Covid-19 vivida no país após as festas de fim de ano, em razão da alta disseminação da variante Ômicron.

    Segundo Figueiredo, a projeção a longo prazo é incerta, uma vez que o cenário epidemiológico é avaliado diariamente, mas se a população continuar se vacinando, a chance é de um cenário mais otimista do que o atual.

    “Acredito sim que em julho teremos uma situação muito mais confortável do que temos agora, basta que nós, agora, tenhamos juízo e não façamos o que alguns estão tentando fazer: acreditando que a pandemia já acabou e adotando medidas que contrariam 100% de tudo o que foi dito até agora”, criticou.

    “Agora, se a ciência não serve para nada… para quem não sabe para onde ir, qualquer caminho serve”, alfinetou.

    Contrário à realização do Carnaval em razão da nova subida no número de infectados e internados pela Covid-19 no Estado e no Brasil, Figueiredo alertou os gestores municipais a agirem com prudência, até mesmo para evitar sobrecarregar o sistema de saúde.

    “Toda grande aglomeração, um contingente desse tipo, vai sim ampliar a possibilidade de disseminação da Covid, vai colapsar o sistema”, disse.

    Ele fez um alerta maior para cidades pequenas que, conforme salientou, nem mesmo possuem assistência suficiente para atender a demanda da própria população e que, por isso, acabam inchando o sistema de municípios vizinhos, como a Capital.

    “Quem está em município que não tem capacidade assistencial – como exemplo Chapada [dos Guimarães], que tem somente uma UPA com limitações – seria imprudência realizar um evento dessa natureza”, disse.

    “Cada gestor é eleito e tem responsabilidade sobre as decisões que toma, mas basta verificar o crescente número de casos que ocorreu por conta dos festejos de fim de ano”, completou.

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