Cuiabá é Apontada como Epicentro do Calor Extremo: 2023 Pode ter sido o mais quente da História

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A cidade de Cuiabá, no Centro-Oeste do Brasil, ganha destaque em uma recente análise que a aponta como o epicentro do calor extremo. Entre janeiro e novembro de 2023, a capital registrou um impressionante total de 87 dias com temperaturas superando os 40 graus, evidenciando um aumento significativo em relação aos 36 dias registrados em 2020.

O termômetro atingiu a marca sem precedentes de 44,2 graus em 19 de outubro, consolidando Cuiabá como a localidade mais quente do planeta naquele dia. Esse fenômeno extremo tem impactado não apenas a rotina dos habitantes, mas também se tornou um desafio para as autoridades locais.

O prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) destaca a mudança no cenário, transformando o calor, antes considerado um patrimônio cultural da região, em uma preocupação governamental. Medidas como a redução da carga horária dos agentes de limpeza pública e a expansão da climatização na rede municipal evidenciam a necessidade de adaptação diante desse novo normal climático.

A população de Cuiabá enfrenta as altas temperaturas com estratégias como o uso constante do ar-condicionado e a adaptação de atividades cotidianas. Mesmo o esporte, como exemplificado pelos jogadores do Cuiabá Esporte Clube, demanda cuidados especiais, incluindo medições frequentes de hidratação.

Não se trata apenas de uma realidade local. O calor excessivo faz parte de uma tendência global, impulsionada por fatores como o fenômeno El Niño, o aquecimento dos oceanos e as mudanças climáticas. O ano de 2023 já foi confirmado como o mais quente da Terra, superando recordes anteriores e aproximando-se do limite estipulado no Acordo de Paris.

O climatologista Maximiliano Herrera destaca que a América do Sul, especialmente afetada desde agosto, enfrenta um dos eventos climáticos mais extremos da história, com ondas de calor persistentes. As consequências dessa fervura global não se limitam apenas ao desconforto, mas têm implicações sérias na saúde da população, como indicado por um relatório da Organização Mundial da Saúde.

Além das questões de saúde, as mudanças climáticas afetam diversos setores, desde a agricultura até a economia global. Com a seca prolongada e temperaturas elevadas, atrasos no plantio e prejuízos significativos na produção agrícola se tornam realidade, afetando diretamente a vida de agricultores como Lucindo Evangelista.

Diante desse cenário, ações governamentais e individuais tornam-se cruciais. Cuiabá já planeja iniciativas como a criação de novos parques e o plantio de mudas para amenizar as chamadas “ilhas de calor”. No contexto global, esforços para transição energética e iniciativas urbanas sustentáveis tornam-se imperativas para lidar com os impactos crescentes da fervura global.

Fonte: MidiaNews

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