Dólar Fecha em Alta e Atinge R$ 5,42: Juros e Risco Fiscal do Brasil no Radar; Ibovespa Cai

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Nesta segunda-feira (17), o dólar encerrou o dia em alta de 0,73%, cotado a R$ 5,4214, marcando uma nova subida acima dos R$ 5,40. A valorização da moeda norte-americana reflete as preocupações dos investidores com o risco fiscal do Brasil e a expectativa pela próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil, que deve decidir sobre a taxa Selic na próxima quarta-feira.

Expectativas para a Taxa Selic

O mercado financeiro projeta que o Copom mantenha a taxa Selic inalterada em 10,50% ao ano. Esta decisão vem em meio à crescente inflação brasileira e aos altos juros nos Estados Unidos.

Contexto Internacional

Os investidores internacionais estão atentos aos indicadores macroeconômicos das maiores economias do mundo, além de possíveis declarações de dirigentes do Federal Reserve (Fed), o banco central dos EUA.

Desempenho do Ibovespa

O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores brasileira, encerrou o dia em queda de 0,44%, atingindo 119.138 pontos. O índice acumulou uma queda de 0,44% na semana, 2,42% no mês e 11,21% no ano.

O real brasileiro está entre as 10 moedas que mais perderam valor frente ao dólar neste ano. A desvalorização da moeda brasileira pressiona a inflação, já que muitos produtos são importados.

O Boletim Focus, divulgado pelo Banco Central, revelou que os economistas não preveem mais cortes na taxa Selic para este ano. A expectativa de inflação para 2024 aumentou para 3,96%, enquanto a previsão para a taxa de câmbio subiu para R$ 5,13 até o final do ano.

A perspectiva de juros altos nos Estados Unidos por mais tempo também tem impulsionado o dólar. O Federal Reserve sinalizou que pode realizar apenas um corte na taxa básica este ano, possivelmente em dezembro.

No Brasil, a incerteza fiscal aumentou após declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre a dificuldade de reduzir gastos do governo. Este cenário tem pressionado o dólar para cima.

Os ministros da Fazenda, Fernando Haddad, e do Planejamento, Simone Tebet, destacaram a preocupação com o crescimento dos gastos da Previdência e das renúncias fiscais, após reunião com o presidente Lula. Haddad afirmou que a equipe econômica intensificará a revisão das despesas públicas.

O presidente Lula defendeu Fernando Haddad, afirmando que ele continuará no cargo e receberá suporte enquanto Lula for presidente.

Fonte: G1

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