Nesta quarta-feira (25), o dólar opera em alta, ultrapassando a marca de R$ 5,50, enquanto o mercado financeiro avalia os novos dados da prévia da inflação brasileira para junho. A alta de preços foi de 0,39% em junho, abaixo das expectativas do mercado, que previam um aumento de 0,45%.
Na véspera, a moeda norte-americana registrou uma alta de 1,16%, fechando a R$ 5,4534. O principal índice acionário da bolsa, o Ibovespa, encerrou o dia em queda de 0,25%, aos 122.331 pontos.
Movimentos do Dólar e do Ibovespa
Dólar:
- Às 9h30, o dólar registrava uma alta de 0,93%, cotado a R$ 5,5039, chegando à máxima de R$ 5,5064 no dia.
- No dia anterior, a moeda americana teve uma valorização de 1,16%, fechando a R$ 5,4534.
- Acumulados:
- Alta de 0,23% na semana;
- Ganho de 3,89% no mês;
- Alta de 12,38% no ano.
Ibovespa:
- O índice opera a partir das 10h.
- Na véspera, fechou em queda de 0,25%, aos 122.331 pontos.
- Acumulados:
- Alta de 0,82% na semana;
- Ganhos de 0,19% no mês;
- Perdas de 8,83% no ano.
Fatores Influenciando o Mercado
A principal notícia desta quarta-feira é o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que registrou uma alta de 0,39% em junho. A expectativa era de 0,45%.
O grupo de Alimentação e bebidas foi o principal responsável pela alta, com um aumento de 0,98%, impactando o índice em 0,21 ponto percentual.
Em 12 meses, o IPCA-15 acumulou uma alta de 4,06%, acima dos 3,70% observados nos 12 meses anteriores.
Além disso, o mercado está atento à reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN), que deve discutir as metas de inflação. O governo decidiu manter a meta de inflação em 3% para os próximos anos, mas alterou o sistema para um modelo de “meta contínua”.
Impactos Externos e Declarações do Federal Reserve
O cenário internacional também permanece incerto, especialmente após a declaração de uma diretora do Federal Reserve (Fed) que reiterou que os juros americanos devem permanecer altos por mais tempo. Os investidores aguardam os dados de inflação dos EUA, previstos para serem divulgados na sexta-feira, para confirmar essa posição.
A ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) também influenciou o mercado. O Copom decidiu pausar o ciclo de cortes na taxa Selic, mantendo-a em 10,50% ao ano, devido a preocupações com as projeções de inflação.
Fonte: G1