Assalto mirava em R$ 500 mil e joias em chácara de político

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    MidiaNews

    Um dos sobreviventes de um tiroteio com o Bope, que resultou na morte de seis suspeitios, Geovane Ferreira Sodré, de 27 anos, contou em depoimento à Polícia Civil que o grupo tinha a intenção de roubar a chácara de um político.

    No local, segundo ele, havia entre R$ 400 mil e R$ 500 mil em espécie, além de ouro, joias e pedras preciosas.

    Ele disse que o dinheiro era de corrupção, para pagar um advogado, mas não informou quem seria o político, tampouco o cargo que ocupava.

    O confronto com os policiais militares aconteceu no dia 29 de julho passado, no Bairro Itamaraty, em Cuiabá. O local fica nos fundos do condomínio Residencial Belvedere 2.

    Segundo Geovane, conhecido como “Gordinho”, um segurança do político contou ao bando que no local havia o dinheiro e os objetos de valor.

    “Um rapaz estaria passando informações que nessa chácara tinha aproximadamente de R$ 400 mil a R$ 500 mil, também ouro, joias e pedras preciosas; Que o cara falou que trabalhava como segurança do político; Que um outro segurança também estaria participando do roubo”, diz trecho do depoimento.

    De acordo com ele, o roubo estava planejado para o início de julho, mas foi cancelado pelo segurança. No dia em questão seriam roubados R$ 150 mil.

    Já na nova tentativa, no dia 29 de julho, o sobrevivente relatou que os seguranças contaram ao grupo, que na chácara estariam somente eles e o caseiro. O político iria chegar ao local por volta das 6h.

    “Não houve abordagem policial”

    O suspeito ainda contou que o segurança do político foi quem explicou como seria o assalto.

    “Ele mostrou uma pistola dele, e disse que eles iriam simular um roubo e era para o bando tomar a pistola dele”, contou.

    No dia, o grupo se dividiu em três carros e foi e direção à chácara. Mas no meio do caminho, começaram os tiros.

    Geovane diz que não viu nenhum policial e se assustou com os tiros, que atingiram seus comparsas. Segundo ele, não houve abordagem, ou ordem de parada da Polícia, tampouco perseguição.

    “Que o depoente abriu a porta do passageiro e saiu correndo, passou pela cerca de arame; que a arma que estava na cintura do depoente caiu, mas não sabe precisar o local; que o depoente e R. (segundo sobrevivente) correram para o mato, atravessaram um córrego e ficaram escondidos em uma chácara; que o depoente estava distante e ainda escutava os disparos, isso uns 20 minutos depois, e o depoente ouviu rajadas vindo do local e barulho de tiro de 12”, diz outro trecho do depoimento.

    Ele e o comparsa conseguiram carona e foram deixados na porta de uma policlínica. Geovane foi atingido com um tiro no joelho e nas costas. O suspeito ainda revelou que não conhecia nenhum dos comparsas que estavam com ele no dia da tentativa de roubo.

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