O desemprego em Mato Grosso registrou nova queda, marcando o terceiro trimestre consecutivo de recuo. No final do primeiro semestre de 2024, a taxa de desocupação atingiu 3,3%, revertendo o recorde de ociosidade no mercado de trabalho observado no mesmo período de 2021, quando o índice chegou a 9,1%. Este é o terceiro menor nível de desocupação registrado em 12 anos no Estado.
Desde o início da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad) em 2012, quando a taxa de desocupação em Mato Grosso era de 6,6%, o cenário do mercado de trabalho local tem mostrado evolução. O levantamento, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na última quinta-feira (15), aponta que a população de Mato Grosso cresceu 15,6% desde 2012, passando de 3,1 milhões para 3,6 milhões de habitantes.
Durante esse período, a população em idade de trabalhar (acima de 14 anos) aumentou em 17,5%, chegando a 2,8 milhões de pessoas. A quantidade de trabalhadores ocupados também cresceu, de 1,4 milhão em 2012 para 1,9 milhão em 2024, representando um aumento de 28,1% em 12 anos. Consequentemente, o nível de ocupação em relação ao total de pessoas em idade de trabalhar subiu de 61,8% para 67,7%.
Essa melhora se reflete na redução do número de pessoas desocupadas, que caiu de 91 mil no segundo trimestre de 2012 para 65 mil no segundo trimestre de 2024, uma queda de 28,5%. A diminuição de 36,2% da população subocupada por insuficiência de horas, de 69 mil para 44 mil no mesmo período, também contribui para a melhoria do mercado de trabalho local. Esse grupo inclui trabalhadores que realizam jornadas inferiores a 40 horas semanais, mas que desejariam trabalhar mais.
Além disso, houve uma redução significativa no número de trabalhadores desalentados, aqueles que desistiram de procurar emprego. No segundo trimestre de 2024, esse número foi de 16 mil, em comparação com 27 mil no primeiro trimestre e 23 mil no mesmo período de 2023, o que representa quedas de 40,7% e 30,4%, respectivamente. No entanto, esse número ainda é maior do que há 12 anos, quando havia 10 mil desalentados, indicando um aumento de 60%.
De acordo com Adriana Beringuy, coordenadora da Pnad do IBGE, a queda da taxa de desocupação no segundo trimestre de 2024 foi um fenômeno observado em nível nacional, com 15 estados registrando reduções significativas. Piauí e Bahia se destacaram, com quedas superiores a dois pontos percentuais. Nenhum estado apresentou aumento na taxa de desocupação em comparação com o primeiro trimestre de 2024.