O governo de Israel anunciou neste domingo (28) uma resposta contundente após um ataque de foguetes atribuído ao Hezbollah, que resultou na morte de 12 jovens, com idades entre 10 e 16 anos, em Majdal Shams, nas Colinas de Golã. O bombardeio, ocorrido no sábado (27), gerou preocupações sobre uma possível escalada do conflito na região, já tensa devido à guerra em Gaza.
Retaliação Imediata e Reações Internacionais
Yoav Gallant, ministro da Defesa de Israel, declarou que o país responderá “com força” ao ataque. Segundo o governo israelense, um foguete lançado do Líbano atingiu um campo de futebol em Majdal Shams, resultando também em 30 feridos. O ministro das Relações Exteriores, Israel Katz, responsabilizou diretamente o Hezbollah pelo ataque, afirmando que o grupo cruzou “todas as linhas vermelhas” ao atacar alvos civis.
O Irã, aliado do Hezbollah, advertiu que qualquer retaliação israelense poderia ter “consequências imprevisíveis” para a estabilidade regional. O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores iraniano, Nasser Kanani, declarou que o foguete utilizado no ataque era de fabricação iraniana e estava exclusivamente em posse do Hezbollah.
Tensão Aumenta na Fronteira Israel-Líbano
Desde o início do conflito em Gaza, em 7 de outubro, o Hezbollah e o Exército israelense têm trocado disparos quase diariamente ao longo da fronteira. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, prometeu que o Hezbollah pagará um “preço alto” pelo ataque, que ocorreu após a morte de quatro combatentes do Hezbollah em um bombardeio israelense no sul do Líbano. Netanyahu destacou que Israel não deixará o ataque “mortal” sem uma resposta adequada.
A Casa Branca também se posicionou, responsabilizando o Hezbollah pelo “terrível” ataque, que foi realizado com um foguete disparado de uma área sob controle do grupo. O secretário-geral da ONU, António Guterres, condenou o ataque e pediu moderação para evitar mais sofrimento aos civis e crianças na região.
Contexto e Reações
As Colinas de Golã, uma região estratégica conquistada por Israel na guerra de 1967 e anexada em 1981, são um ponto de tensão constante entre Israel, Síria e Líbano. A anexação de parte do território nunca foi reconhecida pela comunidade internacional.
Os funerais das vítimas do bombardeio atraíram milhares de pessoas, e a violência foi amplamente condenada por diversos países e organizações internacionais. A Síria rejeitou as acusações de Israel contra o Hezbollah, e a situação continua a se deteriorar, com os combates em Gaza e ao longo da fronteira israelense permanecendo intensos.
Fonte: Jovempan