Mourão Pede a Milei que Conceda Asilo Político a Foragidos do 8 de Janeiro

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O senador e ex-vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos-RS) solicitou nesta terça-feira (11) que o presidente argentino Javier Milei ofereça asilo político aos envolvidos na vandalização das sedes dos Três Poderes, em Brasília, no dia 8 de janeiro de 2023.

Durante uma viagem à Argentina, Mourão fez um apelo através da rede social X (antigo Twitter): “A captura internacional, tão desejada pelo governo de turno, mostra claramente o viés autoritário e persecutório da esquerda no poder”. Ele acrescentou que a fuga de condenados e investigados para a Argentina demonstra a desconfiança dessas pessoas na Justiça brasileira. O governo de Javier Milei, por sua vez, afirmou que cada pedido de asilo será analisado individualmente.

Operação Lesa Pátria e Foragidos

A Polícia Federal (PF) já capturou 50 dos 208 foragidos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro. As operações, parte da Operação Lesa Pátria, foram realizadas em 18 estados e no Distrito Federal, cumprindo mandados de prisão preventiva. O diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, informou que entre 50 e 100 dessas pessoas fugiram para a Argentina. O governo brasileiro já solicitou esclarecimentos às autoridades argentinas sobre o paradeiro dos foragidos.

A PF decidiu não divulgar a lista completa de foragidos. No entanto, a identidade de pelo menos 10 bolsonaristas fugitivos foi revelada após eles quebrarem as tornozeleiras eletrônicas e deixarem o Brasil. Os alvos ainda sob investigação e respondendo ao processo no Supremo Tribunal Federal (STF) que descumpriram medidas cautelares não são tecnicamente considerados foragidos. Uma pessoa é considerada foragida quando há um mandado de prisão contra ela e ela não se apresenta à Justiça ou não é encontrada.

Fugitivos e Fronteiras

Pelo menos sete bolsonaristas, condenados a mais de 10 anos de prisão pelo STF, quebraram as tornozeleiras eletrônicas impostas como medida cautelar pelo ministro Alexandre de Moraes. Além da Argentina, alguns fugitivos se dirigiram ao Uruguai, utilizando as fronteiras de Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

Fonte: IstoÉ

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