Um policial militar foi condenado a nove anos e quatro meses de prisão pela 1ª Vara Federal Criminal de Sinop, a 497 km de Cuiabá, por corrupção passiva, conforme previsto no artigo 317 do Código Penal. A sentença também determinou a perda do cargo público do réu, em decorrência do crime cometido.
Operação Jaguar e as Acusações
A denúncia teve origem nas investigações da Operação Jaguar, deflagrada em 2010 em Nova Santa Helena, com o objetivo de combater a caça ilegal e os maus-tratos a animais silvestres no Brasil, especialmente à onça-pintada, uma espécie ameaçada de extinção reconhecida pelo ICMBio.
Durante a operação, oito pessoas foram presas em flagrante, e foram apreendidas peles e partes de animais silvestres, além de armas de grosso calibre, munições restritas e fotos de caçadas e animais abatidos.
Envolvimento do Policial Militar
Segundo o Ministério Público Federal (MPF), o policial militar, também detido em flagrante durante a operação, colaborou com dois caçadores experientes para oferecer hospedagem a estrangeiros que vieram ao Brasil com o intuito de praticar caça ilegal. Ele também foi responsável pela segurança do grupo, aproveitando-se de sua posição na Polícia Militar de Mato Grosso.
Decisão Judicial
A sentença destacou que o réu utilizou conscientemente seu cargo público para obter vantagens indevidas, infringindo seu dever funcional e comprometendo a credibilidade da Polícia Militar. A condenação reforça o compromisso com a preservação ambiental e o combate a crimes contra a fauna brasileira.
Fonte: BaixadaCuiabana