quinta-feira, agosto 21, 2025
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Operação Sepulcro Caiado revela esquema familiar que desviou mais de R$ 21 milhões do TJ-MT

Conforme a Polícia Civil de Mato Grosso, a Operação Sepulcro Caiado, deflagrada em 30 de julho de 2025, desbaratou uma quadrilha que desviou mais de R$ 21 milhões da conta única do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT). O principal líder é o empresário João Gustavo Ricci Volpato, genro de um desembargador do Tribunal, que contava com apoio direto da mãe, do irmão, da esposa e da cunhada no esquema fraudulento.

Segundo as investigações, o grupo ajuizava ações de cobrança sem o conhecimento das partes rés, simulando pagamentos judiciais com comprovantes falsos. Servidores do TJ preparavam planilhas falsas refletindo depósitos inexistentes na conta única do Judiciário, permitindo que os valores fossem movimentados para contas vinculadas ao processo e liberados por meio de alvarás judiciais fraudados.

João Gustavo Ricci Volpato (líder), co-fundador de empresas como Labor Fomento Mercantil Ltda e RV Empresa de Cobrança Ltda, preso pela Polícia Civil.

Participação de parentes próximos: mãe (Luiza Rios), irmão (Augusto Frederico), esposa e cunhada, que receberam repasses suspeitos e atuavam nas empresas usadas para a fraude.

Além do núcleo familiar, advogados, servidores do TJ e empresários também foram alvos de prisão ou mandados, totalizando 11 prisões preventivas. Entre eles, o procurador de Poconé, Wagner Vasconcelos de Moraes, e sua esposa, ambos presos e acusados por integrarem o esquema.

Um dos servidores-chave, Mauro Ferreira Filho, teve a prisão decretada e figura como foragido até o momento, sendo acusado de manipular diretamente o sistema financeiro do TJ‑MT para viabilizar os desvios.

Foram cumpridas mais de 160 ordens judiciais, incluindo mandados de prisão, busca e apreensão, bloqueios judiciais de R$ 21,7 milhões, sequestro de 18 veículos e 48 imóveis, além de 46 quebras de sigilo fiscal e bancário.

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) assumiu a competência das investigações, inclusive definindo a manutenção das prisões cautelares por agentes considerados integrantes do núcleo principal da quadrilha.

O nome “Sepulcro Caiado” simboliza a gravidade do caso: trata-se de um esquema que operava dentro do Judiciário — contrapondo a aparência de legalidade à prática de corrupção institucionalizada. A participação de parentes diretos do líder indica estrutura familiar articulada ao crime. O montante desviado, superior a R$ 21 milhões, representa um enorme golpe nos cofres públicos e na confiança na Justiça estadual.

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