sexta-feira, dezembro 5, 2025
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Lula critica “privilégios da elite” e defende nova isenção do IR: governo mira justiça fiscal e reações ficam acaloradas

Presidente sanciona isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil e volta a atacar desigualdades históricas; oposição alerta para risco fiscal

Isenção para até R$ 5 mil e novo desenho tributário

Durante pronunciamento em rede nacional neste domingo (30), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reafirmou a defesa da nova política de isenção do Imposto de Renda (IR) para trabalhadores que recebem até R$ 5 mil mensais. A medida, sancionada recentemente, também prevê desconto proporcional para quem ganha até R$ 7.350, beneficiando milhões de brasileiros que hoje pagam o imposto.

A proposta faz parte do pacote de justiça fiscal do governo e pretende corrigir distorções históricas da tributação brasileira, que segundo Lula, beneficia proporcionalmente os setores de renda mais alta. Para evitar perda de arrecadação, o governo instituiu novas faixas de tributação para super-ricos e contribuintes com renda anual acima de R$ 600 mil.

Lula endurece discurso: “500 anos de privilégios para poucos”

No pronunciamento, Lula criticou diretamente o comportamento da elite econômica brasileira, afirmando que o país convive há séculos com um sistema tributário injusto. Segundo ele, “é vergonhoso” que pessoas de renda elevada paguem proporcionalmente menos imposto que professores, policiais, enfermeiros e trabalhadores assalariados.

O presidente classificou a nova isenção como um “quase 14º salário”, destacando que o valor que deixa de ser descontado no contracheque será reinjetado no consumo e no comércio, estimulando a economia popular.

Estímulo econômico e reposicionamento político

O governo federal estima que a mudança pode injetar R$ 28 bilhões na economia em 2026, fortalecendo setores de varejo, serviços e produção. Segundo o Ministério da Fazenda, a política de isenção associada à taxação dos super-ricos “corrige injustiças sem penalizar os mais pobres”.

Para analistas políticos, a medida também reforça a base social do governo, especialmente entre assalariados e trabalhadores formais. Com as eleições de 2026 no horizonte, o tema ganha peso político e se torna peça importante da estratégia eleitoral do governo.

Críticas: risco fiscal, execução difícil e dúvidas sobre tributação dos mais ricos

A oposição reagiu de imediato ao pronunciamento. Lideranças parlamentares afirmam que o projeto pode gerar risco fiscal, caso a arrecadação dos mais ricos não compense totalmente a renúncia do imposto para a classe média e trabalhadores informais.

Economistas também apontam para desafios de implementação: evasão fiscal, blindagem de patrimônio e mecanismos sofisticados de planejamento tributário podem limitar o efeito da nova cobrança sobre os super-ricos. A oposição afirma que o governo está “apostando alto” e pode elevar o déficit público.

Repercussão na sociedade e debate sobre justiça tributária

Entidades de trabalhadores celebraram a medida, classificando-a como uma “vitória histórica” após anos de defasagem na tabela do Imposto de Renda. Por outro lado, representantes do setor privado cobram clareza sobre o impacto nas empresas e efeitos de médio prazo sobre investimentos.

A fala de Lula reacende o debate sobre reforma tributária mais ampla, que inclua mudanças no imposto sobre patrimônio, revisão de isenções corporativas e taxação de renda passiva, como lucros e dividendos.

 

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