O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), desistiu de levar ao plenário físico o julgamento sobre a prisão do ex-presidente Fernando Collor de Mello. A decisão foi tomada após a formação de maioria no plenário virtual da Corte pela manutenção da prisão do ex-mandatário.
Na última sexta-feira (25), o ministro Alexandre de Moraes determinou a prisão imediata de Collor, condenado em 2023 a 8 anos e 10 meses de reclusão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, no âmbito da Operação Lava Jato. A decisão foi baseada na rejeição de recursos considerados protelatórios pela defesa.
O julgamento para referendar a prisão teve início no plenário virtual do STF, onde os ministros depositam seus votos eletronicamente. Durante a sessão, Gilmar Mendes solicitou destaque, o que suspenderia o julgamento virtual e levaria o caso ao plenário físico.
Apesar do pedido de destaque, os ministros Flávio Dino, Edson Fachin, Luís Roberto Barroso, Cármen Lúcia e Dias Toffoli anteciparam seus votos, formando maioria pela manutenção da prisão de Collor.
Diante da maioria formada, Gilmar Mendes reconsiderou sua decisão e cancelou o pedido de destaque, permitindo que o julgamento prossiga no plenário virtual. A sessão foi retomada neste sábado (26) e deve ser concluída na próxima segunda-feira (28).
Fernando Collor foi preso pela Polícia Federal em Maceió, Alagoas, na madrugada de sexta-feira (25), enquanto se preparava para viajar a Brasília. Ele permanece detido na capital alagoana, aguardando os desdobramentos do julgamento.