G1
O Twitter anunciou nesta quinta-feira (6) que adicionará novos marcadores para contas de pessoas e mídias ligadas ao Estado. A novidade será aplicada inicialmente para os 5 membros permanentes da ONU: China, França, Rússia, Reino Unido e Estados Unidos, mas deverá ser expandida.
A nova função passa a ser oferecida pelo crescimento do uso do Twitter por governantes ou seus representantes para anúncios oficiais, tornando-se uma linha direta com a população. Por isso, a empresa afirma estar em busca de proteger esse discurso.
“Acreditamos que este é um passo importante para que, quando as pessoas vejam uma conta discutindo questões geopolíticas de outro país, tenham contexto sobre sua afiliação nacional e estejam melhor informadas sobre quem representam”, disse a rede social em um comunicado.
O foco está em autoridades e entidades que são a voz do país no exterior. No momento, o Twitter diz que não fará a verificação das contas dos Chefes de Estado, já que elas têm amplo reconhecimento de nomes e atenção da mídia.
Os marcadores serão adicionados nos seguintes casos:
- Principais funcionários do governo;
- Ministros de relações exteriores;
- Entidades Institucionais;
- Embaixadores;
- Porta-vozes oficiais;
- Líderes diplomáticos;
- Altos funcionários e entidades que são a voz oficial do estado no exterior;
- Entidades de mídias afiliadas ao estado, bem como seus editores-chefes e/ou funcionários sêniores.
Sobre os veículos de comunicação controlados e/ou financiados pelo Estado, o Twitter diz acreditar que “as pessoas têm o direito de saber quando uma conta de mídia é afiliada direta ou indiretamente a um autor estatal”. Por isso também adicionará o marcador para este tipo de conta.
“Também não ampliaremos mais as contas de mídia afiliadas ao estado ou seus tuítes por meio de nossos sistemas de recomendação”, disse a empresa.
O Twitter disse no comunicado que notificará as contas que deverão ser rotuladas e que, caso o proprietário acredite que a empresa cometeu um erro, poderá entrar em contato. A rede social também disse que trabalha para que o recurso seja expandido para outros países.