O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) cobrou agilidade na aplicação dos R$ 318,5 milhões destinados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para ações de segurança pública na Amazônia. Esse valor faz parte do primeiro aporte do Plano Amazônia: Segurança e Soberania (AMAS), que prevê um total de R$ 1,2 bilhão.
Assinatura do Contrato e Cobrança de Lula
A cerimônia de assinatura do contrato entre o BNDES e o Ministério da Justiça ocorreu nesta segunda-feira (17), no Palácio do Planalto, em Brasília. Em um discurso rápido, Lula enfatizou a necessidade de rapidez na execução dos projetos.
“Estamos no meio de junho. Agora, temos que fazer a licitação para comprar as coisas que estão aí previstas no orçamento. Se levar mais um ano, a gente vai terminar o mandato sem colocar em prática o nosso plano”, alertou o presidente.
Lula apelou aos ministros e autoridades presentes: “É preciso ser rápido, é preciso passar por cima dos manuais. É preciso tentar fazer as coisas acontecerem, porque senão daqui a pouco a gente tem uma reunião… está o governador do Amapá, do Amazonas, falando que o dinheiro não chegou, não chegaram os drones, os helicópteros, os barcos”.
Foco em Ações de Inteligência e Combate ao Crime
O plano AMAS, instituído há quase um ano, tem como objetivo fortalecer as forças de segurança na região amazônica, como a Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal, para combater o crime organizado e o desmatamento ilegal.
O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, destacou que o foco será em ações de inteligência para identificar cadeias de crimes. Os recursos serão usados para bancar policiais, viaturas, drones, lanchas blindadas e helicópteros, além da implantação de bases terrestres e fluviais.
Integração e Estruturação
A iniciativa também visa integrar melhor as ações dos nove estados da Amazônia Legal: Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins.
Os recursos serão utilizados para estruturar o Centro de Cooperação Policial Internacional, em Manaus, e um projeto da Polícia Federal de rastreamento da origem de minérios extraídos de forma ilegal.
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, reforçou que “não há nenhum tipo de conivência com o crime e com a impunidade”.
O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, destacou que o Brasil está entrando em “uma nova e promissora fase” no combate ao crime na região amazônica.
Fonte: CNNBrasil