A Polícia Civil de Mato Grosso prendeu nesta segunda-feira (25), em Cuiabá, um motorista de aplicativo investigado por aplicar uma série de golpes em passageiros, utilizando máquinas de cartão para realizar cobranças indevidas. A prisão foi efetuada por meio da Delegacia Especializada de Estelionato e Outras Fraudes (Defraf), após denúncias registradas por diversas vítimas que tiveram seus cartões utilizados de forma fraudulenta após viagens pelo aplicativo.
Conforme as investigações, o suspeito agia sempre da mesma maneira: ao final da corrida, solicitava que os passageiros inserissem seus cartões de débito ou crédito em uma maquininha, alegando que o pagamento pelo aplicativo havia sido recusado. No entanto, ao invés de realizar a cobrança correta, ele digitava valores maiores e, em seguida, ocultava o visor da máquina ou distraía a vítima para que não percebesse o golpe no momento da digitação da senha. Depois disso, ele cancelava a corrida no app para dificultar o rastreamento do crime.
Segundo o delegado titular da Defraf, o homem foi identificado a partir de imagens de câmeras de segurança e dados das plataformas de transporte. Ele já havia sido denunciado em outras ocasiões por práticas semelhantes e, no momento da prisão, foi encontrado com diversas maquininhas e cartões em nome de terceiros. A prisão foi decretada com base nos artigos 171 (estelionato) e 288 (associação criminosa) do Código Penal.
A Polícia Civil alerta a população para que verifique sempre se o pagamento foi devidamente processado pelo aplicativo e evite digitar senhas em maquininhas de cartão quando a corrida tiver sido solicitada por plataformas digitais. Em casos de suspeita de fraude, a orientação é registrar boletim de ocorrência e reunir provas, como recibos, prints de tela e dados do motorista.
A investigação segue em andamento, com a apuração de novos casos que possam estar ligados ao mesmo suspeito ou à atuação de um grupo criminoso voltado a esse tipo de golpe. A Defraf acredita que outras vítimas possam ter sido lesadas, e solicita que qualquer pessoa que tenha passado por situação semelhante procure a delegacia para formalizar a denúncia.