Netanyahu dissolve gabinete de guerra após saída de general centrista e pressão de ala radical do governo

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O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, dissolveu o gabinete de guerra após a saída do ex-general centrista Benny Gantz e a pressão da ala de extrema direita da coalizão. A decisão foi confirmada nesta segunda-feira (17) por fontes do governo, conforme divulgado pelas agências Reuters e Associated Press.

Tensão na Coalizão de Governo

A dissolução do gabinete já era esperada desde que Gantz deixou o governo em 9 de junho, após divergências sobre a condução da guerra em Gaza. Netanyahu agora deve consultar um grupo reduzido de ministros, incluindo Yoav Gallant, ministro da Defesa, e Ron Dermer, ministro dos Assuntos Estratégicos, ambos integrantes do gabinete de guerra.

A pressão veio de aliados nacionalistas-religiosos, como o ministro das Finanças, Bezalel Smotrich, e o ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben-Gvir. Ben-Gvir, líder de um partido de extrema direita, é um fervoroso defensor das incursões em Gaza. Ele ameaçou abandonar o governo caso Netanyahu não invadisse Rafah, cidade no sul de Gaza, vista como último refúgio para civis.

Saída de Benny Gantz

Benny Gantz, rival político de Netanyahu, havia se unido ao governo como demonstração de unidade após o ataque do Hamas em 7 de outubro. Ele deixou o governo, frustrado com a gestão da guerra por Netanyahu. A criação do gabinete de guerra foi uma condição de Gantz para integrar a coalizão.

Pausa Humanitária e Repercussão

No domingo, as Forças de Defesa de Israel (FDI) anunciaram uma pausa humanitária nos bombardeios em Gaza para permitir a entrada de ajuda. Essa medida, exigida por aliados internacionais como os EUA, irritou os ministros mais radicais do governo. Desde abril, Israel prometeu facilitar a entrada de ajuda após um telefonema entre Netanyahu e o presidente norte-americano, Joe Biden.

A guerra entre Israel e Hamas começou em outubro de 2023, após ataques do grupo palestino que deixaram cerca de 1.200 mortos. Desde então, o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, reporta 37 mil mortos, incluindo 15 mil crianças, devido à ação militar israelense.

Fonte: G1

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