Fotos impactantes revelam a devastação causada pelos incêndios no Pantanal, onde uma área equivalente a 59 mil campos de futebol já foi consumida pelo fogo em 2024. A vegetação que outrora era verde agora é cinza, e carcaças de animais, incluindo um jacaré carbonizado, marcam a paisagem desolada. Este ano registra o maior número de queimadas para um mês de junho desde o início do monitoramento em 1998.
Impacto Devastador na Fauna e Flora
O biólogo Gustavo Figueirôa, diretor de comunicação da ONG SOS Pantanal, documentou de perto as cicatrizes deixadas pelo fogo na fauna e flora da região. Em uma de suas expedições com a Brigada Alto Pantanal, Gustavo encontrou a carcaça de um jacaré que não conseguiu fugir das chamas a tempo.
Desde janeiro de 2024, uma área duas vezes maior que a cidade de São Paulo já foi queimada no Pantanal. Somente nos primeiros dez dias de junho, o fogo destruiu o equivalente a 59 mil campos de futebol. Gustavo registrou a devastação na região do Paraguai Mirim, a cerca de cinco horas de Corumbá (MS).
O Alerta dos Especialistas
Especialistas temem que os incêndios em 2024 possam ser tão catastróficos quanto os de 2020, ano em que 17 milhões de animais vertebrados morreram devido às queimadas. De acordo com Cyntia Santos, analista de conservação do WWF-Brasil, é essencial reforçar as brigadas e contar com o apoio das comunidades locais para evitar uma nova tragédia.
Ações de Combate ao Fogo
A Operação Pantanal, deflagrada em abril, está em seu 73º dia de ação, com 96 militares e mais de 70 brigadistas atuando no combate às chamas. O tenente-coronel Fábio Pereira de Lima, do Corpo de Bombeiros de Mato Grosso do Sul, destaca as dificuldades de acesso às áreas incendiadas devido à vegetação densa e alagada.
Medidas de Prevenção e Cooperação
O governo federal, junto com os estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, assinou um plano integrado de proteção contra queimadas no Pantanal, visando coordenar a prevenção, controle e manejo do fogo para proteger este bioma de importância ecológica, econômica e social significativa.
Fonte: G1
