quinta-feira, dezembro 26, 2024
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Marcos Pasquim quer voltar à TV e diz não ter saudade de tirar camisa

Notícias ao Minuto

A rotina atribulada de gravações e projetos de Marcos Pasquim, 51, teve de dar uma pausa logo quando o ator começaria a filmar cenas de um longa de adrenalina, em março passado. Na ocasião, começava a ser difundida a quarentena em todo o país, e as filmagens foram suspensas.

Cinco meses depois, com todos os requisitos de segurança, ele conta ter podido, enfim, iniciar as gravações no interior de São Paulo. No filme, programado para o fim de 2021 ou 2022, Pasquim viverá um motociclista que é contratado com sua equipe de motocross e cai em uma cilada.

“O personagem é o Ajax, dono de uma equipe de MotoCross, viúvo e pai de uma filha que quer correr de moto e ele não aceita. Após cairmos na tal emboscada, acabamos tendo de nos virar para tentar escapar dessa tormenta. Um filme de muita ação, perseguição, saltos e emoção”, adianta Pasquim, em entrevista à Folha de S.Paulo.

Aos moldes de “Velozes e Furiosos”, “Tração – O Filme” tem como diretor André Luis Camargo e traz Nelson Freitas, Mauricio Meireles, Bruna Altieri, André Ramiro e Paola Rodrigues no elenco. As filmagens ocorrem entre Florianópolis (SC) e Campinas (SP).

“Além do filme eu tinha uma peça toda preparada para entrar em cartaz em um mês. Chama ‘O Chefe’ e tem eu e mais um ator”, diz Pasquim sobre o espetáculo que ainda não tem data para estrear.

“Com a quarentena eu tenho lidado da maneira que consigo. Parei de trabalhar, mas procurei manter a vida saudável. Andava de bike, me alimentava bem. A maior dificuldade foi ficar sem ver meus amigos e minha família”, relembra o artista que mora sozinho no Rio de Janeiro.

Longe da TV desde “O Tempo Não Para” (Globo, 2018), Pasquim conta que ainda não tem projetos para a televisão, mas que gostaria de voltar. “TV é uma delicia, gostoso. Se me convidarem eu volto, quero fazer coisas como minisséries, por exemplo.”

O contrato extenso de Pasquim com a Globo terminou em 2015, agora ele trabalha apenas por obra. “Ficar livre para poder fazer qualquer coisa. Fiquei muito tempo na Globo e amava, mas em alguns casos eu não consegui fazer alguns trabalhos por estar com exclusividade no canal”, diz.

Enquanto o convite não aparece, ele faz o que pode para se manter na ativa profissionalmente. Já gravou uma participação em um seriado totalmente remoto de alguns amigos, e também almeja trabalhar com outras plataformas. “Um personagem que sonho fazer é Ricardo Terceiro [antigo rei da Inglaterra cujo drama foi escrito por William Shakespeare]. Pode ser no teatro ou em qualquer lugar”, reforça.

O artista imagina que ainda fará muita coisa em sua trajetória. “O balanço que faço da minha carreira é positivo, e ainda tenho muito o que percorrer e muito o que aprender.”

20 ANOS DE “UGA UGA”

Em 2020 se comemora duas décadas do primeiro grande sucesso de Marcos Pasquim na TV: a novela de Carlos Lombardi “Uga Uga”. Nessa trama, Pasquim dava vida a um dos personagens descamisados da narrativa, o mulherengo Casemiro. Na época, o ator se tornou um símbolo sexual.

“Falar de ‘Uga Uga’ é maravilhoso. As pessoas lembram ate hoje da novela. Muitas delas falam sobre isso comigo de uma forma divertida. É bacana não cair no esquecimento, pois marcou a vida das pessoas”, diz.

Outro sucesso e que fez com que Pasquim voltasse aos holofotes foi “Kubanacan” (Globo, 2003). Mais um personagem sem camisa e escrito para ele por Carlos Lombardi. Na história, o paulistano viveu três personagens igualmente descamisados: Esteban (León), Adriano e o verdadeiro Esteban.

“Fiz muitos galãs sem camisa, mas não sinto falta desse tipo específico, não, apesar de não ter problemas em fazê-los”, conta. “Esse tipo tem em todas as novelas. E hoje em dia deixa para o Cauã [Reymond], o Caio Castro, a galera que tem corpo bonito pode continuar tirando a camisa”, brinca.

Apesar dos 51 anos e da falta de saudade dos papéis que expõem o corpo, Pasquim segue mantendo a forma e diz não se considerar vaidoso. “Eu me cuido, procuro ter saúde, e aparência é consequência. Não sei se me considero um galã, pois isso é um personagem. Mas se quiserem me chamar para fazer galã, a idade não será problema”, reforça o ator, pai de uma menina de 15 anos, Alícia.

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