A população de Nova Maringá, 373 km de Cuiabá no sentido Noroeste, comemora, nesta quarta-feira (26), os 28 anos de emancipação administrativa do município, com várias obras de infraestrutura – finalizadas, em andamento e anunciadas – proporcionadas pelo Governo do Estado, além de envio de testes rápidos e medicamentos para combate à pandemia do coronavírus.
Duas pontes na MT-488 – sobre o rio Arinos, com 244,85 metros de extensão e sobre o rio Alegre, com 61,55 metros – com R$ 15 milhões em investimentos, estão prontas, enquanto uma terceira, sobre o Rio Sangue, está com o projeto em fase de elaboração.
Está em andamento a construção do anel viário do município, considerada a maior obra realizada em seu perímetro urbano. Com 3,6 km de extensão, é uma antiga reivindicação da comunidade nova-maringaense, exposta a riscos de graves acidentes por causa da grande circulação de carretas pela MT-160, por onde escoa sua produção agrícola, especialmente soja e milho.
Prefeitura de Nova Maringá
Anel viário de Nova Maringá em construção – Foto Prefeitura de Nova Maringá
Nova Maringá figura no ranking estadual 17º produtor de soja e 24º na produção de milho. Em 2018, últimos dados divulgados pelo IBGE, colheu, respectivamente, 610 mil e 422 mil toneladas. Condição que atraiu para o município duas grandes distribuidoras de insumos, segundo o Observatório do Desenvolvimento, da Sedec-MT (Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Mato Grosso).
A obra do anel viário é resultado de um convênio entre Governo do Estado, por meio da Sinfra (Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística) e Prefeitura de Nova Maringá, responsável pela sua execução, no valor total de R$ 2,6 milhões – R$ 1,4 milhão da Sinfra e contrapartida de R$ 1,2 milhão dos cofres municipais.
Outra obra, aguardada há 40 anos, quando ainda era distrito de São José do Rio Claro, já está anunciada. Em meados de julho, o governador Mauro Mendes assinou termo de cooperação com ambas as prefeituras – Nova Maringá e São Jose do Rio Claro – para a pavimentação de 81 km das rodovias MT 492 e MT 249.
Orçada em R$ 65 milhões, com contrapartidas municipais totalizando R$ 7,5 milhões e custeada pela Fethab, a obra facilitará a ligação entre os dois municípios e permitirá à população de Nova Maringá o acesso a outras cidades mato-grossenses por rodovia pavimentada.
Para ajudar o município, de 8.641 habitantes (estimado em 2019 pelo IBGE, no combate à pandemia do coronavírus, a Secretaria de Estado de Saúde (SES) enviou 775 testes rápidos e medicamentos em comprimidos (3.889 de Azitromicina, 3.111 de Ivermectina e 24.627 de Dipirona) e gotas (605 frascos de Dipirona).
Em 2020, até o mês de maio, o Governo do Estado repassou R$ 5,034 milhões à Prefeitura de Nova Maringá referentes a ICMS, IPVA e Fethab e outros R$ 1,816 milhão, entre 2019 e maio de 2019, referentes a assistência social, transporte escolar e convênios na área de saúde.
Economia – A agropecuária é responsável por mais da metade (56,58%) do Produto Interno Bruto Municipal, avaliado em R$ 431,35 milhões em 2017 pelo IBGE. O PIB per capita, de R$ 52.719,76, está entre os 24 maiores de Mato Grosso e os 277 maiores do país.
Além da soja e do milho, Nova Maringá produz ainda algodão, arroz, feijão, sorgo, girassol, mandioca, abacaxi e borracha, madeira em tora, lenha e carvão vegetal. O município possui ainda 3.926 hectares dedicados à silvicultura – 480 para a plantação de eucalipto e o restante para outras espécies.
História – Região ocupada inicialmente por seringueiros, suas primeiras fazendas foram instaladas na década de 1960, segundo a Confederação Nacional dos Municípios. O fundador do primeiro núcleo de colonização, o português de nascimento António José da Silva, deixou a cidade de Maringá, no norte paranaense.
Em 26 agosto de 1969, foi escolhido o nome de Nova Maringá, homenageando o município paranaense, nome inspirado, diz-se, na canção Maringá, composta por Joubert de Carvalho em 1931.
Desmembrado de São José do Rio Claro, foi elevado à condição de município pela lei estadual 5982, de dezembro de 1991.
(Colaboração de Karine Miranda, Sinfra; Fernanda Nazário, SES; e Thielli Bairros, Sedec)